[GARRETT (J. B. Almeida)].— CAMÕES. Poema. Paris, na Livraria Nacional e Estrangeira. 1825. [Imprimerie de J. Mac Carthy]. In-8.º de VII-III-216-II págs. E.
Edição original deste muito importante e apreciado poema que com ‘D. Branca’ e ‘Adozinda’, fez Garrett “a revolução que derrubou os velhos idolos e nos trouxe o renascimento das letras”.
Acerca deste Poema, escrito no verão de 1824 em Ingouville, na margem direita do Sena, disse o autor: “Passei ali cerca de dois annos da minha primeira emigração (aliás segunda), tam só e tam consumido, que a mesma distracção de escrever, o mesmo triste gosto que achava em recordar as desgraças do nosso grande genio, me quebrava a saude e destemperava mais os nervos. Fui obrigado a interromper o trabalho: e dei-me, como indicação hygienica, a composição menos grave. Essa foi a origem de D. Branca, que fiz, seguidamente e sem interrupção, (…) completando-a antes do ‘Camões’, que primeiro começára, e que fui acabar a Paris no inverno de 24 a 25.” [‘In’ Gomes de Amorim, Garrett. Memórias Biographicas, 1881].
Primeira edição, publicada em Paris sem o nome do autor.
Encadernação da época, cuidadosamente gravada na lombada com finos ferros fundidos a ouro e os respectivos dizeres assentes em rótulo vermelho. Com pequenos defeitos. Exemplar assinado nas folhas de rosto e anterrosto “Joaquim [??] Coimbra”.