REGO (Waldeloir).— CAPOEIRA ANGOLA. Ensaio Sócio-Etnográfico. 1968. [Companhia Gráfica Lux. Rio de Janeiro]. In-8.º gr. de 416-IV págs. B.
Odorico Tavares: “Vejo as surprêsas que a nossa Bahia constantemente nos revela. Waldeloir, um jovem etnólogo do mais alto gabarito, encolhido no caramujo de sua modéstia, entrege de corpo e alma às suas pesquisas e, de repente, nos sai com uma obra que, antes de publicar, se torna, desde já, clássica, pois esgota no todo e para sempre o assunto, sem ranço de erudição, mas numa prosa das mais atraentes, conforme uma olhada que demos nos seus originais. […] Foi às raízes, às origens, desde a vinda dos escravos. Estuda o têrmo capoeira, a indumentária, o jôgo, os toques e golpes, Vai aos instrumentos musicais, ao canto, às cantigas. Estuda os capoeiras famosos e seu comportamento perante a comunidade social, as academias, a sua ascenção social e cultural. Vai adiante, vê a capoeira no cinema e nos palcos teatrais, nas artes plásticas, na música popular, na literatura, bem como as suas mudanças sócio-etnográficas. […]
”É um livro de mestre, um livro que vem ocupar o seu devido e honroso lugar numa biblioteca baiana. […]”.
Com muitas e interessantes ilustrações do artista baiano Carybé, ilustrador por excelência das obras de Jorge Amado.