DELIRIOS DE SANDOVAL. [PORTO: NA IMPRENSA DO GANDRA. 1822]. 1 folha de 4 páginas impressas. Desenc.
Folheto bastante raro, com interesse para a bibliografia relativa á história da ‘Constitução política da monarquia portuguesa’ de 1822, publicado sob anonimato, sem dúvida dirigido a Cândido de Almeida [Sandoval], “Músico português de que apenas se sabe haver publicado em ‘O Investigador Português em Inglaterra’ (…), um artigo em francês — ‘Eléments d’une Langue Musicale’ (…). Sabe-se que veio para Lisboa em 1820 e então tornou-se panfletário temível. Adoptou o nome de Almeida Sandoval, e em 1822 publicava um jornal com o título ‘O Patriota Sandoval, diário político, científico e filosófico’, que foi querelado por injúrias pessoais a alguns ministros, O ‘patriota’ escondeu-se ou homiziou-se para em 1823 reaparecer timonando ‘O Oráculo: periódico dos debates políticos científicos e literários.’ De novo perseguido, emigrou e nada mais se sabe a seu respeito. Foi um insultador acirrado do célebre padre José Agostinho [de Macedo], e os seus ataques não respeitaram nem mesmo as pessoas mais chegadas ao monarca.”. [’in’ Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira]. José Agostinho de Macedo, em resposta ao trissemanário ‘O Oráculo’, deu à imprensa, em 1823, na Oficina da Horrorosa Conspiração o opúsculo «Sandoval, nú, e Crú».