HAWKING (Stephen).— O FIM DA FÍSICA. Prefácio e revisão científica de Carlos Fiolhais (…). Gradiva. [1994]. In-8.´de 84-[II] págs. B.
“«O tema do fim foi sempre um motivo abundantemente glosado em cada repetido ‘fin de siècle’. O terror do fim apoderopu-se de algumas populações no final do primeiro milénio da era cristã. Entrou-se para as igrejas e rexou-se. A metáfora do fim da história está em voga nalguns meios culturais deste final do segundo milénio. Entra-se para as revistas e discute-se. Não admira que a ciência, banhada como está num contexto sociocultural, se abalance hoje a tratar do tema do fim: o fim de si própria e o fim do seu objecto de estudo. Mas é curioso que seja um homem perseguido pela iminência do seu próprio fim a lançar várias interrogações sobre o fim e a procurar com atenção as respectivas respostas. (…)
“A teoria da unificação das forças e a história do universo são questões relacionadas que apaixonam os físicos neste final de século. A história, se alguma coisa recomenda, é prudência no que respeita às respostas. No final do século passado não faltou quem pensasse que a física estava definitivamente acabada. Tudo parecia descoberto e encaixar bem nos quadros mentais existentes. Foi precisa a descoberta da radioactividade, em 1896, dos ‘quanta’, em 1900, e da relatividade restrita, em 1905, para concluir que havia mundos extensíssimos além dos mundos que se conheciam. (…)». [Carlos Filhais (do prefácio)].