[BAPTISTA (Frei João) & FORJAZ (Frei Joaquim)].— OS FRADES JULGADOS NO TRIBUNAL DA RAZÃO. Obra posthuma de Fr.***. Doutor Conimbricense. Lisboa: Na Impressaõ Regia. Anno 1814. In-8.º gr. de 149-III págs. Desenc..
Obra publicada sob anonimato, mais tarde atribuída a Frei João Baptista.
Inocêncio justifica a verdadeira autoria desta obra no ‘Dicionário Bibliographico Português’, com as seguintes palavras: (…) dignou-se communicar-me o sr. dr. Francisco da Fonseca, que encontrando casualmente na livraria da Universidade um exemplar da obra ‘Frades julgados, etc.’, lera no principio uma nota manuscripta, de cujo contexto tirou copia, e é como se segue: «O originario autor d’esta obra é o P. M. Dr. Fr. João Baptista, augustiniano, que morreu em 1788, e por isso a nota do sabio editor que diz que em 1791 escrevia o auctor a sua obra, se não póde verificar do auctor original, mas sim do P. M. F. Joaquim Forjaz, augustiniano, que depois foi prior mór de Avis, e que vivia n’aquelle dito anno de 1791; o qual indo-lhe á mão o original manuscripto, o mudou em methodo, e o retocou em estylo, augmentando-o com reflexões, calculos e notas, etc., sem que roubasse ao sabio profundo e original auctor o P. M. Baptista a gloria litteraria do seu trabalho, chamando ao livro ‘Obra posthuma de um doutor conimbricense’.
“«O sabio editor é religioso da illustre Congregação de S. Bento, o que no decurso das notas se dá a entender, assim como pela lição do livro se conhecem augustinianos os dous auctores, por se referirem a costumes, leis e estatutos do noviciado e do collegio da Graça de Coimbra.».
“Á vista d’esta nota, que offerece os caracteres de incontestavel veracidade, já não fica duvida de que a obra fora composta em primeiro logar por Fr. João Baptista, e ampliada e retocada depois por Fr. Joaquim Forjaz. Que Fr. Francisco de S. Luis (depois cardeal patriarcha de Lisboa) fosse o que a deu ao prelo, elle proprio o declara. Vej. a ‘Memoria historica ácerca da sua vida, etc. ‘ pelo sr. Marquez de Resende, pag. 25 e 26. (…)”.
Francisco Freire de Carvalho diz que, “achando-se hoje extinctas as ordens religiosas do sexo masculino em Portugal, este livro é todavia util como documento da sua existencia preterita, e como indicação dos proveitos que dellas teria podido tirar um governo illustrado”.
Segunda edição, impressa em papel de escolhida qualidade.
Desencadernado.