GONÇALVES (António Augusto) [(Pseud.: BRITO (Rozalino Candido de Sampaio e)].— O JOVEN ANCIÃO. (Em verso e proza). Não offerecido ao sr. Ministro da Fazenda, como canalhissimamente dizia o «Jornal da Manhã»; mas sim dedicado á Imprensa de todo o paiz. Coimbra. Imprensa Academica. 1875. In-8.º peq. de 128 págs. B.
Curioso e violentíssimo livro publicado em Coimbra, cuja segunda edição, dada à imprensa no mesmo ano da primeira, comprova o sucesso editorial e evidente repercussão pública.
Sob pseudónimo Rozalindo Candido de Sampaio e Brito, A. Augusto Gonçalves acusa: “Houve um canalha, tão canalha, um canalha d’estes canalhas infames, que, em nossos tempos, tanto teem conspurcado a Imprensa, uns por idiotice parvoa, outros por vingança cobarde e mizeravel, e outros emfim, por especulação vergonhosa, torpe, e infame, houve digo, um desses detestaveis e abjectissimos canalhas, que se diz divertir commigo no «Jornal da Manhã» annunciando alli, a seu belprazer, um ‘poema’, com o titulo de «O Jovem Ancião», e dando-me a mim por seu auctor!!! Com effeito. É onde pode chegar o bandalhismo, a canalhice, a vileza, a indignidade d’um d’esses execrandos escrevinhadores infames, que sam uma das maiores e mais vis affrontas hoje, da palavra homem, da palavra humanidade”.
O autor reúne neste livro varios textos dirigidos à imprensa, o Poema «O Jovem Ancião», assim como outros escritos em prosa e verso.
Embora imperfeita, conserva a frágil capa da brochura. Com assinatura de posse de Cláudio Basto.