MACHADO (José de Faria).— A MORGADA DE SORTELHA. (Novela). [Biblioteca Civilização]. 1925. Livraria e Imprensa Civilizaçãção – Editora. Porto. In.-8.º de 74-VI págs. B.
Interessante novela da autoria de José de Faria Machado, cuja narrativa se desenvolve em torno da Torre de Sortelha “honra e solar dos Mosqueiras”, revelando a sua história e antigos ‘pergaminhos’: “(…) Fôra Fernão Henriques, filho d’uma Dona gallega que Anrique de Leon roussara, certo dia de humor, e que na volta de Toro, onde pleiteára com sangue pelos direitos da Beltraneja, se quedára na Torre d’Uria e de lá sahira casado com a herdeira da casa, D. Dulce Mosqueira Ceballos de Montenegro, senhora de Sortelha no Minho e de quintas e vigarias na ribeira do condado, quem reedificára a Torre, que o remoto pelejador romano relegava sua velha origem. […]”.
O autor, diplomata e Cônsul de Portugal em Baiona durante a ocupação nazi, perante os milhares de refugiados que procuravam obter vistos de entrada em Portugal, resolveu pedir o apoio a Aristides de Sousa Mendes, seu superior hierárquico, alertando também as autoridades em Lisboa. Alerta que provocou a desconfiança do Embaixador português em Madrid, Pedro Teotónio Pereira que pessoalmente viria a deslocar-se a Bordéus, deparando-se com milhares de vistos concedidos por Aristídes de Sousa Mendes.