[FELGUEIRAS (João Baptista)].— NECROLOGIA DE AGOSTINHO JOSÉ FREIRE QUE FOI ‘Ministro e Secretario d’Estado Honorario, Conselheiro d’Estado, Par do Reino, Graã-Cruz da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa Viçoza, e da Real e distincta Ordem de Carlos III. em Hespanha, Commendador da Antoga e muito Nobre Ordem da Torre e Espada do Valor, Lealdade, e Merito, Condecorado com as Medalgas das batalhas d’Albuera, e Victoria, e com a Medalha portugueza de tres campanhas, Cavalleiro da Ordem de S. Bento d’Aviz, Coronel do REal Corpo d’Engenheiros, Director do Real Collegio Militar de Lisboa etc. etc. OFFERCIDO A SUA FILHA (…) D. MARIA DA PIEDADE FREIRE.LISBOA: NA TYPOGRAPHIA DO EXAMINADOR: RUA DA CONDENÇA N.º 23. [S. d.] In-8.º de 16 págs. B.
O autor, diz Inocêncio, foi do “Conselho de Sua Magestade, Bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra. Foi Deputado ás Côrtes Constituintes em 1821, nas quaes serviu quasi constantemente de secretario. (…)”.
“Reduziu-se Agostinho José Freire a um completo retiro desde a sedição de setembro, tornando-se inteiramente estranho a negocios publicos, e dividindo seu tempo entre os livros, e poucos amigos escolhidos, até que na infausta manhã de 4 de novembro de 1836, quando se dirigia a Belem, por ordem expressa de S. M. a Rainha, foram detidos os seus cavallos no sitio da Pampulha, onde estava estacionado um batalhão de guardas nacionaes, e alguem desse corpo, mandando abrir as cortinas da sege, e ardendo em feroz alegria ao ver Agostinho JOsé Freire, lhe fez disparar um tiro, imediatamente seguido por muitos outros, que já não feriram senão um dadaver. (…)”.
Cuidada edição, impressa em papel de escolhida qualidade e de cuidada composição tipográfica. Com todas as páginas enquadradas com uma moldura negra, de luto.
Inocêncio dá como data desta publicação o ano de 1837, referindo que no mesmo ano saiu, com o novo título, uma edição ampliada.