LISBOA (Vicente da Santa Rita).— ORAÇÃO FUNEBRE // QUE // NAS EXEQUIAS DO MUITO ALTO E PODEROSO SENHOR // D. PEDRO D’ALCANTARA, // IMPERADOR DO BRAZIL, // REI, REGENTE, E RESTAURADOR DE PORTUGAL, // RECITOU NO DIA 24 DE OUTUBRO // NA BASILICA DE SANTA MARIA MAIOR // EM PRESENÇA // DE SUA MAGESTADE FIDELISSIMA // A SENHORA D. MARIA II. // DE TODA A CORTE, // E DE HUM NUMEROSO CONCURSO DE CIDADÃOS, // E RESPEITOSAMENTE DEDICA // A’ MESMA SENHORA // SEU AUTHOR // (…) // PRIOR DA FREGUEZIA DE S. MAMEDE, // E PREGADOR REGIO. // [travessão decorativo] // LISBOA: 1834. // [travessão tipográfico] // NA IMPRESSÃO DE GALHARDO, E IRMÃOS. In-4.º peq. de 22 págs. Desenc.
Invulgar opúsculo, com interesse para a bibliografia de D. Pedro “Imperador do Brazil, Rei, Regente, e restaurador de Portugal”, Com referências ao Brasil Imperial, à Regência da Terceira e ao período constitucional português.
Registado no ‘Dicionário Bibliográfico Português’ entre os “especimens indispensáveis” para biografia de D. Pedro IV [Vol. XVII, 160].
Sobre o autor, diz Inocêncio no ‘Dicionário Bibliográfico Portuguez’ que foi “natural da cidade do seu appelido, e nascido ao que parece pelos annos de 1776. (…) Tendo grangeado algum credito na pratica da Oratoria Sagrada, fazia-se ouvir com frequência nos pulpitos das egrejas da capital, e os seus sermões lhe valeram a nomeação de Prégador Regio. Na epocha do governo constitucional de 1820 a 1823 mostrou-se algum tanto affeiçoado ás doutrinas liberaes, o que lhe concitou odios e perseguições, sendo a final preso em 1830, e conduzido aos carceres do aljube, onde permaneceu sem processo algum até que o dia 24 de Julho de 1833 trouxe a liberdade a todos os presos politicos. Serviu depois como Parocho encommendado em algumas egrejas de Lisboa, e ultimamente na freguezia de N. S. das Mercês, em cujo exercicio morreu, (…)”.
No final, com uma nota manuscrita antiga, de errata.