MONIZ (Egas).— O PADRE FARIA NA HISTÓRIA DO HIPNOTISMO. [Faculdade de Medicina de Lisboa]. Lisboa. MCMXXV. In-4.º de 194-III págs. B.
“Aí por 1813 apareceu em Paris um magnetizador, que em breve se cobriu de prestígio, prègando uma nova doutrina sôbre os factos que Mesmer divulgara. Mas a interpretação dos estranhos fenómenos que tanto emocionaram o público passou despercebida. Todos os que freqüentavam as cobferências da rua de Clichy, 49, onde o padre Faria preleccionava sôbre as causas do sono lúcido, iam ver o magnetizador operar. (…) O sucesso foi notável. De novo voltou à tela a questão do sonambulismo e os jornais franceses, a partir de Agosto de 1813, encheram colunas sôbre o misterioso fenómeno com apreciações mais ou menos severas, por vezes jocosas e até insultantes para o padre Faria, que ousara afrontar a opinião parisiense, ainda recordada das exibições e da falência de Mesmer. Pretendemos fazer a história dêsse período da evolução do hipnotismo e, consequentemente, divulgar o nome do padre Faria, cuja vida romanesca e agitada é quási ignorada e cujo nome apenas soou aos ouvidos do grande público comno sendo o do atraente prisioneiro do ‘Conde de Monte Cristo’, em que Alexandre Dumas lhe atribui naturalidade italiana.(…)”.
Capa da brochura com pequenos defeitos.