A QUESTÃO BOMBEIRO FIGUEIRENSE — Acção de processo especial de critica litteraria — A. Trindade Coelho Chfing-Tang de rabicho RR. José d’Ornellas Hylario Belfécio e outros — Coimbra. Imprensa Progresso. 1885. In-8.º de II-77-I-[II] págs. Desenc.
Raríssimo opúsculo, onde foram textualmente reproduzidos os artigos relativos à acesa polémica travada entre Trindade Coelho e José de Ornelas da Fonseca Nápoles e Silva a propósito da publicação, no número único intitulado ‘O Bombeiro Figueirense’, de uns textos que mereceram a crítica de Trindade Coelho e a resposta de José d’Ornelas. A propósito, Cardoso Martha no livro «Jornalismo Figueirense» diz o seguinte: “A publicação dêste jornal provocou n’’O Imparcial de Coimbra’ n.º 169, um artigo acusando a recepção de ‘O Bombeiro’ com uma crítica violenta à maioria dos colaboradores, dos quais apenas escapavam Alexandre da Conceição, Acácio Antunes, Gaspar de Lemos, Um sonhador e Augusto Veiga. Este artigo, saído anónimo, era da pena do falecido Trindade Coelho.
“Respondeu-lhe na ‘Correspondencia da Figueira’ n.º 870, José de Ornelas (…); e assim se foi prolongando a polémica, que vem completa no folheto: ‘A questão Bombeiro Figueirense (…)’.
Com referência camiliana a págs. 61/62.
Em anexo com um recorte de jornal datado de ‘Coimbra, 23 de Junho de 1885’ onde vem uma declaração dirigida a Joaquim Martins de Carvalho, então redactor do jornal o ‘Conimbricense’, assinada por Trindade Coelho onde este pede “o especial obsequio de fazer publicar no seu esplendido jornal a declaração inclusa, com a qual v. e os ex.mos srs. Seabra d’Albuquerque e Pinto da Rocha se dignaram honrar-me. (…).
Declaração que parcialmente reproduzimos: “(…) Tendo o ex.mo sr. dr. José d’Ornellas publicado juntamente com esses artigos de polemica [A Questão Bombeiro Figueirense] um novo artigo em que, de involta com asperas apreciações da individualidade litteraria do ex.mo sr. dr. Trindade Coelho, se encontram affirmações insultantes para a honra e dignidade impollutas d’este cavalheiro, e bem assim expressões mais ou menos vagas e equivocas, que parece quererem denotar insinuação e ideia de offensa á honra e dignidade por egual impollutas de s. ex.ma familia; (…) Nestas circunstancias, repetimos, — os abaixo assignados, depois de apreciada a questão sob todos os pontos de vista, para o effeito de tomarem uma resolução e indicarem um alvitre cuja pratica absolutamente garantisse ao ex.mo sr. dr. Trindade Coelho o justo e completo desaggravo que tem em vista e a que tem todo o direito: concordaram plenamente e por unanimidade, em que não havia meio algum mais digno, nem mais sensato para chegar a tal fim, do que recorrer à imparcialidade e justiça dos tribunaes competentes. (…)”.