MACEDO (Padre José Agostinho de).— OS SEBASTIANISTAS. Lisboa: Na Officina de Antonio Rodrigues Galhardo. Anno de MDCCCX. In-8.º peq. de VI-114 págs. E.
“No curto espaço de três anos, entre 1808 e 1811, publicaram-se cerca de 30 obras, muitas das quais anónimas, sobre os fundamentos e actualidade da crença sebastianista. De um modo geral, é no retomar da origem fabulosa e fantástica do império português, assinalada pelo milagre de Ourique, que se alicerça a esperança de um desfecho glorioso para a crise de 1807. A lenda de Ourique, que servira de suporte à visão profética da Restauração de 1640, volta a ser evocada, porque se acredita na possibilidade de um segundo D. Sebastião. Muitos foram, porém, os que tomaram posição contra a «seita dos sebastianistas». A polémica, conhecida por «Guerra Sebástica», estende-se até 1823, contando, entre outros, com o envolvimento do antiliberal José Agostinho de Macedo, que, curiosamente, identifica e associa sebastianistas e pedreiros-livres.” [’in’ Vol V, págs. 32 da «História de Portugal» coordenada por J. Mattoso].
Sub-denominada ‘Reflexões criticas sobre esta ridicula seita’, esta obra originou outro pequeno folheto intitulado ‘Refutação Analytica’ referida por Innocêncio a págs. 68 das ‘Memórias para a Vida Íntima de Agostinho de Macedo’. O mesmo bibliógrafo, a págs. 238 refere a publicação de uma segunda parte, impressa no mesmo ano, na Impressão Regia.
Encadernação inteira imitação de pele mosqueada.