VELHO (Guilherme Joaquim Pais).— TRATADO // DO // PONTO DA HONRA // ‘EM QUE TODA A PESSOA QUE NELLE // desejar especializar-se encontrará fundamentos // para exercitarse em taõ nobre como antigo costu- // me, de quem deseja acompanhar-se com taõ // louvavel virtude.’ // POR SEU AUTHOR // GUILHERME // JOAQUIM PAES VELHO // +ACCRESCENTADO COM HUM // ‘Compendio de varios dictos sentenciosos de muytos // Santos Padres, Doutores, e Filosofos. assim // Gregos, como Latinos &c.’ // Traduzido da Lingua Franceza, no nosso Idioma Por- // tuguez. pelo mesmo Autor. // ‘Que tudo offerece’ // AO SENHOR // JOZE DA COSTA // PAES VELHO DE SOUZA // CHICHORRO E MENEZES, // Fidalgo de grande, e conhecido Solar, e Linhagem, &c. // ‘Bernardo Fernandez Gayo.’ // LISBOA: // ——— // N Officina JOAQUINIANNA da Musica. // M. DCC.XLIV. // ‘Com todas as licenças necessarias’. In-8.º peq. de XXIV-175-[I] págs. E.
“Natural de Lisboa, e baptizado na egreja parochial de S. Nicolau a 20 de Fevereiro de 1718.”, o autor, di-lo Inocêncio no ‘Dicionário Bibliográfico Português’, “Era bisneto do infante D. Duarte, irmão d’el-rei D. João IV, a ser (como creio) verdadeiro o casamento d’aquelle principe com D. Maria de Lara e Menezes. — Póde consultar-se a este respeito a noticia documentada, que colligiu, e ampliou com varias illustrações o sr. A. J. Moreira. (…).
“O conhecimento d’esta obra, hoje rara (se não tambem n’isso algum mysterio) escapou ao abbade Barbosa, que d’ella, nem do seu auctor faz menção alguma na ‘Bibl.’
Com cota [S.A. 1999 P.] conserva a Biblioteca Nacional 1 exemplar, “Reservado, sob autorização”
“Ainda hoje se ignora o fim que teve este nosso escriptor, e parente proximo da Casa Real, a quem el-rei D. João V em um alvará que lhe dirigiu, chamava ‘D. Guilerme Joaquim Paes de Menezes Bragança e Portugal’ e que no reinado seguinte fôra, segundo se diz, mandado servir militarmente em Angola, com o fim de o afastarem para longe da côrte, etc.”.
Não registado por Pinto de Matos no ‘Manual Bibliográfico Portugues’; Luis Trindade no ‘Catálogo da Livraria de José Maria Nepomuceno’; no ‘Catalogue de la Biblioteque de M. Fernando Palha’ ou na ‘Bibliografia Geral’ de Manuel dos Santos.
Para além do frontispício, as folhas preliminares inserem a respectiva dedicatória (com interesse genealógico) encimada pelo brazão de armas do “SENHOR JOZE DA COSTA PAES VELHO DE SOUZA CICHORRO E MENEZES, Fidalgo de grande, e conhecido Solar e Linhagem, &c.”), assinada por Bernardo Fernandez Gayo; segue-se o INDEX DOS CAPITULOS; um SONETO de Fernando Antonio de Mesquita e Menezes; DECIMAS, do mesmo autor; SONETO de Bernardino Valladares Lopes Tyçeco, assim como as respectivas licenças; O Tratado, composto por VIII Capítulos desenvolve-se de págs 1 a 68; de págs. 69 até ao final vem o anunciado e interessante «COMPENDIO DE VARIOS DICTOS SENTENCIOSOS de diversos Santos, Filosofos, Authores Gregos, e Latinos».
A título de curiosidade Camiliana, recordamos a referência que o Romancista faz a esta obra no livro «A Doida do Candal» [Capítulo X].
Encadernação da época de pele inteira, com novas guardas e rótulo; com falta da folha 127/128.