SOUTO (Diogo).- AMICA VERITAS. Quarta edição com uma carta de Camillo Castello Branco e o juizo da imprensa. Porto. Typographia Elzeviriana. MDCCCXC. In-4.º gr. de 22-VIII págs. B.
Edição com interesse para a história do ‘Centenário de Camões’ comemorado no Porto na grande nave central do Palácio de Cristal.
Para além da carta de Camilo anunciada no frontispício, o Poema vem antecedido de vários textos publicados na imprensa periódica a propósito de um incidente acontecido durante as comemorações.
“Episódio: Ergue-se de entre a chusma de espectadores o sr. Diogo Souto, aquelle que ha annos provocou, recitando versos ao rei, no theatro Baquet, as furias dos bacalhoeiros e os desaggravos do poeta Caldas e do prosador Ramalho Ortigão, noticiarista do ‘Jornal do Porto’; ergue-se o sr. Diogo Souto e faz signal de que pretende fallar. (…) Joaquim, o ‘tyranno’, empalidece, vae para desmaiar; mas de repente toma uma resolução: abafar a voz do orador. (…) o sr. Thomaz Ribeiro, que tomou chá em pequeno e entende de fervuras, aconselha a Joaquim, ‘o tyranno’, a moderação (…). O sr. Diogo Souto recita uns bellos versos, cuja ideia inicial compartilhamos absolutamente: —Se Camões vivesse hoje, teria de morrer na miseria e esperaria que os festeiros do seculo XXII desaggravassem a nação. O publico — honra lhe seja — applaudiu calorosamente.”
Edição de luxo, limitada a cem exemplares impressos a cores e ouro sobre papel de escolhida qualidade. Exemplar não numerado ou assinado.