[ALMEIDA (Padre Teodoro de)].— CATECISMO // DA // DOUTRINA CHRISTÃ, // ‘Composto por mandado’ // DO EM.mo, E REV.mo SENHOR // CARDEAL DE MENDOÇA, // PATRIARCA DE LISBOA. // ‘Adoptado’ // PELO EXC.mo, E REV.mo SENHOR // ARCEBISPO DE BRAGA. // [brasão com as armas eclesiásticas de Cardeal patriarca de Lisboa, D. José Francisco Miguel António de Mendonça] // LISBOA // Na Off. de Antonio Rodrigues Galhardo, // Impressor do Eminentissimo Senhor // Cardeal Patriarca. // Anno de 1791. // ‘Com licença da Real Meza da Comissaõ Geral, // sobre o Exame, e Censura dos Livros, // e Privilegio Real. In-8.º de XXIV-541-III págs. E.
O auror “Presbytero da Congragação do Oratorio de Lisboa, Socio fundador da Academia Real das Sciencias de Lisboa, Membro da Sociedade Real de Londres, e da de Biscaia, etc.” (…) “entrou na congregação do Oratório, onde estudou o curso de humanidades, a geometria, e a physica, tendo n’esta por mestre o P. João Baptista, o primeiro que n’esta côrte dictou a philosophia moderna ou experimental, até então ignorada. Repartindo a sua applicação entre o estudo das sciencias proprias do estado ecclesiastico, e o das naturaes, fez n’estas notaveis progressos, de sorte que aos vinte e quatro annos de edade foi nomeado substituto da cadeira de philosophia na sua congregação; e aos vinte e nove já era mestre effectivo, publicando por esse tempo o primeiro tomo da sua ‘Recreação Philosophica’. Não menos assiduo no ministerio evangelico, era ouvido com atenção e respeito no pulpito, e buscado de muitas pessoas que o tomavam por seu director espiritual, contando-se entre ellas algumas senhoras da mais alta nobreza. Desconfianças bem ou mal fundadas lhe attrahiram e á maior parte dos seus confrades na congregação o odio do primeiro ministro, depois Marquez de Pombal (…). Em 20 de Junho de 1760 foram por ordem do ministro desterrados da côrte alguns fidalgos, e com elles os padres oratorianos Theodoro de Almeida, João Baptista, João Chevalier e Clemente Alexandrino (…). Mais tarde, segundo se diz, em Septembro de 1768, o P. Theodoro estando de residencia na casa do Porto, teve derefugiar-se em França, e ahi se demorou perto de dez annos, (…). Foi, pelo testemunho dos seus contemporaneos, homem de costumes puros, e de comportamento exemplar: incansavel no estudo, pacificador de discordias, e charitativo em summo grau para com o seu proximo. (…)” [’in’ «Dicionário Bibliográfico Português» de Innocêncio Francisco da Silva].
No final do volume, para além do ‘Resumo do Cathecismo’, vem o “PRIVILEGIO // ‘CONCEDIDO A BENEPLACITO // do Emminentissimo Cardeal de Mendonça, Patriarcade Lisboa.”, seguido do Alvará exclusivo da impressão do Catecismo, concedido ás Religiosas do Mosteiro da Visitação.
Obra publicada sem o nome do autor, segundo Inocêncio, “incontestavelmente” obra do P. Teodoro de Almeida.
Com um rasgão a págs 141/142, restaurado com fita reversível, livre de ácido.
Com anotações manuscritas nas folhas de guarda; na da frente com anotação de ter sido ‘Do Mostr.º de S. João de Arnoya, para uso do Parochial (1791) Arnoia…’.; Na página de rosto ‘Sacristia d’ Arnoia’.
Encadernação inteira de carneira, da época.