LUÍS (Agustina Bessa).— COLAR DE FLORES BRAVIAS. Labirinto de Letras. [2014]. [Dim aprox. 33,5 x 24,3 cm.]. 55-I págs. B.
Cuidada edição, profusamente ilustrada com ‘acrílicos’ de Mónica Baldaque, filha de ‘Agustina’ e de um interessante texto de José Carlos Seabra Pereira intitulado «Um Colar de Promessas e de Temores».
O ‘Colar de Flores Bravias’— recorda Alberto Luís, marido da ‘Agustina’ — “foi escrito em 1947, muitos anos depois de a Autora abandonar a ficção luxuriante das suas primeiras criações romanescas, para nos relatar episódios do seu contacto com o mundo exterior.
“O conto aqui publicado narra a aventura de passeios improvisados, em férias escolares de Setembro e na companhia duma prima convidada, através duma quinta próxima das ruínas romanas da Cividade, ao norte de Bagunte [Concelho de Vila do Conde].
“Não está dito, mas a quinta, que pertencia aos pais da personagem Dorinha — e esta identifica-se, autobiograficamente, com a Autora – é a ‘Quinta de Cavaleiros’ que mais tarde vai aparecer em várias obras de Agustina.
“E se analisarmos os textos autobiográficos relativos á infância da Autora, verificamos que o ‘Colar’ é mais um documento que testemunha quanto ela era capaz de dominar acontecimentos imprevisíveis sem a protecção de mediadores entre ela e o mundo.”