SAMPAIO (Antonio de Vilas Boas e).— NOBILIARCHIA // PORTUGUEZA // TRATADO DA NOBREZA HEREDITARIA, E POLITICA, // AUTOR // (…) // AGORA NOVAMENTE CORRECTA, // emendada, e accrescentada cõ as Armas das Familias, e Ci- // dades principaes deste Reyno, e outras cousas curiosas. // OFFERECIDA // AO DOUTOR JOAÕ CALMON // ‘Chantre da Sè Metropolitana, e Cathedral da Cidade da Bahia, nos // Estados do Brasil, Protonotario Apostolico de Sua Santidade, De- // zembargador da Relaçaõ Ecclesiastica, Juis dos casamentos, Cõ- //missario do Santo Officio, e da Bulla da Santa Cruzada, Vi- // sitador que foy duas vezes do mesmo Arcebispado, e nelle // muitos annos Vigario Gèral.’ // [Vinheta] // LISBOA OCCIDENTAL. // Na Officina FERREYRIANA. // —— // M. DCC. XXVII. ‘Com todas as licenças necessarias. In-8.º de II-X-353-15 págs. E.
Obra clássica dos estudos nobiliárquicos portugueses, nesta sexta edição, dedicada ao Doutor João Calmon.
Sexta edição, conforme as anteriores, bastante invulgar e procurada. Edição dedicada a João Calmon, natural da Bahia “ (…) Fez os estudos de Humanidades no colégio da Companhia de Jesus da Baía, onde obteve o grau de mestre em Artes. Partiu depois para Portugal, tendo-se formado em Cânones na Universidade de Coimbra, em 1693. De regresso ao Brasil, no ano seguinte, foi ordenado sacerdote, seguindo a carreira religiosa, na qual desempenhou funções importantes na hierarquia da Baía, tendo sido chantre da Sé, desembargador da Relação eclesiástica e comissário do Santo Ofício. Foi muito importante a colaboração prestada ao arcebispo D. Sebastião Monteiro da Vide [sic], nomeadamente quando do sínodo realizado em 1707, onde foram aprovadas as ‘Constituições primeyras do Arcebispado da Bahia’, em que João Calmon deu significativo contributo.”. [’in’ «Dicionário de Autores no Brasil Colonial», de Palmira Morais Rocha de Almeida].
João Calmom vem também referido no «Diccionário Bibliographico Brazileiro» de Sacramento Blake, ou na «Bibliografia Brasileira do Período Colonial» de Rubens Borba de Moraes.
António de Villas Boas e Sampayo, natural da vila de Barcelos, foi poeta, historiador e genealogista que se notabilizou com a edição da famosa «NOBILIARCHIA PORTVGVEZA», dada a lume pela primeira vez em 1676 e por muitas vezes reeditada dada a importância da mesma, considerada o melhor estudo nobiliárquico português. O autor, fez os seus estudos preparatórios de humanidades no Porto, formou-se em Direito na Universidade de Coimbra e ingressou na magistratura como juiz de fora em Vila do Conde e Viseu. Foi ainda corregedor em Moncorvo e provedor em Coimbra, tendo terminado a sua carreira no Tribunal da Relação do Porto, como juiz desembargador.
Exemplar enriquecido de numerosas notas manuscritas nas margens.
Encadernação da época, bastante manuseada.