RESTAURO DE ÓRGÃOS. Setembro 1965. [Empresa Industrial Gráfica do Porto, Lda.] In-4º gr. de 19-I págs. B.
"Por muito tempo, a arte da talha mereceu pouca atenção de historiadores e críticos de arte, de quantos eram responsáveis pela conservação e defesa desse valioso património.
"Nesta indiferença incluiram-se as caixas dos órgãos e os respectivos instrumentos musicais, donde a perda, no decorrer de menos de um século, de grande número deles. Árdua empresa foi, pois, a da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, procurando recuperar e reconstituir o que, se existia, estava votado a quase absoluto abandono.
"Pouco restava do século XVII, pouquíssimo da centúria anterior. O maior e ainda avultado número de órgãos pertence ao século XVIII e à primeira década do XIX.
"Aliás, como muito bem observa o historiador da talha portuguesa, o Prof. Robert C. Smith, «os órgãos simbolizam no mais alto grau a pompa da grandeza do barroco».
Dos muitos órgãos restaurados, este nº 121 do «Boletim da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais» trata dos dez seguintes, cujas fotografias em papel couché vêm reproduzidas no fim: Sé de Braga; Igreja Matriz da Torre de Moncorvo; Capela de S. Miguel, dos Paços da Universidade de Coimbra; Igreja do Mosteiro de Lorvão — Penacova; Sé de Évora; Igreja de S. Vicente de Fora — Lisboa; Igreja de Santa Maria de Óbidos; Igreja do Asilo dos Inválidos Militares de Runa — Torres Vedras; Igreja do Mosteiro de Grijó — Vila Nova de Gaia; Igreja do Seminário de Viseu. Com textos sobre o que da história de cada um foi possível saber.