O SINEIRO // DA // PATRIARCAL QUEIMADA // COM SUAS BADALADAS E TUDO. // (…) // NUMERO 1.º // [brasão com as armas de Portugal] // LISBOA: // NA IMPRESSÃO REGIA. ANNO 1824. // [travessão de enfeite] // ‘Com Licença da Real Commissão de Censura’. // [filete tipográfico] // Vende-se nas lojas do costume pelo preço de 100 réis. In-8.º de 23-I págs. B.
Raríssimo periódico, cremos que apenas com este número inaugural publicado. Não nos foi possível apurar maiores detalhes, dado que dentro da pesquisa efectuada, apenas detectamos um único exemplar conservado na Biblioteca Nacional, também ele constituído apenas pelo n.º 1. Não compulsado na «Nova História da Imprensa Portuguesa das origens a 1865» de José Tengarrinha.
“‘Tabela das materias contidas n’este Folheto.’”: Brilhantes Epocas de Portugal; A felicidade das Nações, depende essencialmente do amor que estas tributão a seus respectivos Soberanos; Considerações sobre os assumptos politicos do Brazil; Aviso do Editor.”
“AVISO DO EDITOR. O Mestre ‘Sineiro’, em razão á localidade que occupa a altura de sua torre, e invisibilidade de sua pessoa, promette: 1.º Despertar a quem dormir, logo que nos ares perceba ave de rapina: 2.º Tocar a fogo quando descubra algum incendiario, que se disponha escondidamente abrazar as moradas dos honrados e pacificos Portuguezes: 3.º Ter a maior vigilancia sobre todas as embarcações que entrem e saião a barra, para impedir que umas não nos introduzão a peste, e outras não nos exportem o ouro: o Mestre ‘Sineiro’, inda que bronco, é homem de palavra, e não hade faltar ao que promette.”
“Annuncia-se ao Publico que este Sineiro não repicará seus sinos senão em occasiões de ‘baptizado, casamento,’ ou ‘enterro’: mas para essas festas, tanto solemnes como funebres, promette o Sineiro tocar tão forte seu carrilhão, que em Lisboa até os surdos o ouvirão.”