[COLÉGIO DOS NOBRES]. ‘Alvará, por que Vossa Magestade pelos motivos nelle // declarados, Ha por bem que todas as Quintas, Ca- // sas, e Fazendas pertencentes ao Dote do Collegio de Nobres // da Cidade de Lisboa, se ponham pela Real Meza Censoria // em lanços para serem vendidos; e os preços delles pagos: // ou em Padrões de Juros Reaes, ou em Apolices das Com- // panhias do Commercio, ou em Foros, ou em outras Ren- // das de simples arrecadação, sem a dependencia de industria // pessoal, ou em dinheiro liquido; na fórma assima declarada’. [Dado no Palacio de Nossa Senhora da Ajuda em treze de Março de mil setecentos setenta e dous]. In-4º gr. de IV págs. inums. Desenc.
Alvará autenticado com a assinatura impressa do Marquês de Pombal, declarando "que os cuidados da Agricultura, e da Administração de Quintas, de Casas, e de Fazendas não são de nenhuma sorte compativeis com as continuadas vigilias, e assiduas applicações Litterarias de Pessoas empregadas na Educação, e Instrucção da Mocidade; por cujo motivo tinham deperecido, e hiam de dia em dia deperecendo mais as Propriedades daquella natureza, em que consistia huma principal parte do Patrimonio do sobredito Collegio. E querendo occorrer ás ruinas preteritas, e precaver as futuras em hum Patrimonio establecido com tão importantes objectos: Hei por bem, que todas as Quintas, Casas, e Fazendas pertencentes ao Dote do sobredito Collegio: Precedendo Editaes affixados nos lugares públicos da mesma Cidade; se ponham pela sobredita Real Meza Censoria em lanços na Sala da casa, onde se costumam fazer as Sessões della, para serem vendidos (…)". segundo a forma que o presente Alvará determina.